O Projeto Conectoma Humano - Um grande salto no entendimento da mente humana
O Projeto Conectoma Humano ( The Human Connectome Project) é uma iniciativa pioneira encabeçada por 101 pesquisadores de 9 universidades diferentes, entre elas Universidade de Washington, Minnesota e Oxford que estão trabalhando no primeiro diagrama interativo do cérebro humano vivo, em funcionamento.
Esse projeto busca fornecer informações sobre a relação entre o funcionamento do cérebro e suas conexões e responder questões relevantes sobre a nossa natureza.
São questões como:
O que nos torna únicos como espécie e indivíduos?
Por que nos comportamos de forma tão diferente um do outro?
Quais aspectos do seu cérebro são hereditários ou moldados pelas experiências?
Como esses dados ajudariam no combate de doenças neurológicas (Mal de Parkinson, Autismo, etc) ?
Como este projeto está sendo feito e quais seus resultados até agora?
Com o auxílio de um aparelho de ressonância magnética funcional (fMRI), os pesquisadores estão realizando uma série de testes que vai desde escutar histórias até memorizar uma série de imagens. A partir destas tarefas eles identificam quais áreas do cérebro são ativadas e quais conexões são criadas.
A primeira fase deste projeto vai ser realizada com 1.200 adultos saudáveis. Porém, a expectativa é que sejam mapeados outros tipos de conectoma, como o de bebês, idosos e pessoas doentes no futuro.
Imagine o quanto isso ajudaria a melhorar os tratamentos e diagnósticos de doenças cerebrais que causam tanto sofrimento e custos econômicos exorbitantes.
Quando uma pessoa é afetada pela doença de Alzheimer, por exemplo, os exames mostram que há um problema no cérebro. No entanto, não foi comprovado como isso acontece pois, os pesquisadores supõem que o neurônio individual é saudável. Aí pode estar o equivoco: estes neurônios estão conectados com outros – e um pode ser saudável, mas, o outro pode não ser.
Para entender isso, imagine como seria estudar doenças infecciosas antes do microscópio ser inventado. Você poderia observar os sintomas, mas, não os micróbios que causaram a doença. De forma similar, nossas doenças mentais ainda são definidas apenas pelos seus sintomas. Precisamos descobrir suas causas no cérebro e compreender o nosso conectoma pode ser fundamental para isso.
Atualmente os diagnósticos e tratamentos para as doenças mentais são com informações generalizadas, por isso a eficiência é baixa. Com o mapeamento do conectoma, e com uma base rica de dados sobre nossas conexões, os médicos poderão receitar tratamentos customizados para o paciente, o que pode aumentar a eficiência. No futuro, com as tecnologias avançadas, poderemos eliminar qualquer possibilidade de sermos afetados por essas anomalias.
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