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A Aposta de Pascal

O francês Blaise Pascal (1623-16620) foi um dos grandes gênios do século XVII. Escreveu a Apologia da Religião Cristã , na qual procura responder `as objeções contra a religião.

Pascal deixou muitas anotações e pensamentos dispersos que foram publicados sob o título de Pensées (pensamentos), apreciados até os dias de hoje.

Depois de tentar todo tipo de argumento em favor da existência de Deus , deu-se conta de que nenhum deles era cabalmente convincente. De fato, não existem provas cientificas sobre a existência de Deus. Usando os argumentos de probabilidades que o próprio Pascal ajudou a desenvolver , pode-se dizer (cientificamente) que há um empate: 50% a favor da existência de Deus e 50% contra.

Foi nesse contexto que Pascal forjou o famoso argumento da “aposta” , que pode assim ser formulada:

  1. Se você acredita em Deus e nas Escrituras e estiver certo, terá o paraíso como recompensa- terá feito o maior negocio de sua vida e será feliz eternamente.

  2. 2- Se você acredita em Deus e nas Escrituras e estiver errado, não terá perdido nada- terá feito um negocinho “sem importância” .

  3. Se você não acredita em Deus e nas Escrituras e estiver certo, também não terá perdido nada

  4. 4- Mas , se você não acredita em Deus e nas Escrituras e estiver errado, irá para o inferno- terá feito o pior negocio de sua vida, com perda total e irremediável e você estará frito eternamente.

A aposta apresenta a seguinte vantagem: ou você tem tudo a ganhar ou você não tem nada a perder. Portanto, a aposta não é uma coisa irracional e vale a pena faze-la.

O teólogo Joseph Ratzinger antes de se tornar papa Bento XVI , também lançou uma aposta semelhante para o não crente. Diz ele que deveríamos inverter o axioma dos iluministas que dizem: “viver como se Deus não existisse” , para este outro: “viver como se Deus existisse” , mesmo que não se consiga encontrar o caminho da aceitação de Deus. A vida é demasiado breve, preciosa e difícil para ser vivida de qualquer maneira.

É de Pascal a famosa frase: “ O coração tem razões que a própria razão desconhece”. Então , pode-se dizer que, no fundo a “aposta” nada mais é do que seguir a “razão do coração” . Pois como dizia Agostinho nas “Confissões”, é somente em Deus que o coração humano pode verdadeiramente repousar. E enquanto isso não acontece , o coração permanece inquieto.

Ref: A Pasquoto.Ciencia e Fé.Editora Santuário.

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