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Como é sua igreja?


Em um texto de Ricardo Barbosa (Janelas para Vida) ele responde esta questão de uma maneira interessante.

A minha igreja é bíblica como a maioria das igrejas que conheço, há nela maledicência , intrigas , gente que adultera e muitos que insistem em não obedecer a Deus e sua palavra, como há aqueles que oram, buscam uma vida de obediência e serviço, arrependem-se , confessam, tornam-se ministros de reconciliação. É tão bíblica como eram as de Corinto e Éfeso. Ela não é diferente. As pessoas que ali congregam , seus líderes e pregadores , todos , vivem a mesma vida comum , com seus conflitos conjugais, crises pessoais , indefinições profissionais e dilemas espirituais.

O problema que muitos cristãos enfrentam hoje é que estamos mais interessados em conhecer a vida das pessoas através de biografias narradas (estilo revista Caras) do que biografias narradas na bíblia.

São biografias de casamentos perfeitos, paixões intermináveis , sorrisos que atestam uma felicidade invejável e igrejas bem sucedidas.

Estas pessoas quando vão na igreja ou leem a bíblia não enxergam mais do que o glamoroso , o extraordinário e o fantástico.

Admiram somente a fé de Abraão , mas ignoram sua covardia; pregam sobre a determinação de Jacó no vale de Jaboque em ser abençoado por Deus , mas negam seu espírito manipulador ,trapaceiro e enganoso; lembram sempre de Davi, o homem segundo o coração de Deus, mas não se importam com o adultério, mentira e assassinato.

Esta fascinação pelo extraordinário nos leva a criar os heróis , a exaltar o forte , a glorificar o vencedor. Ao não admitirmos a humanidade comum destes personagens , experimentamos uma espiritualidade infantil e imatura, dependente do sucesso deles , da ilusão de uma vida irreal. Tornamo-nos imaturos em relação aos nossos problemas e imaturos em relação aos problemas dos nossos irmãos. Igreja infantil, que precisa de entretenimento religioso para fugir da realidade da vida.

A fé não é , necessariamente , um atestado de competência , é o caminho a Cristo e à comunhão com Ele. A igreja sempre foi, e continua sendo , uma comunidade de pecadores buscando reconciliação e paz com Deus.

Fonte: livro “Janelas para a Vida” . Ricardo Barbosa de Sousa

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