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Arrependimento não é remorso , é transformação


A palavra arrependimento é de origem grega (metanoia) e significa conversão (tanto espiritual, bem como intelectual), mudança de direção e mudança de mente; mudança de atitudes, temperamentos, caráter, trabalho, geralmente conotando uma evolução. Então arrependimento quer dizer mudança de atitude, ou seja, atitude contrária, ou oposta, àquela tomada anteriormente em determinado assunto específico.

Diferentemente do remorso, em que a pessoa que o sofre não se sensibilizou verdadeiramente do mal que possa haver causado a outros, e que, pensando apenas no próprio bem, é capaz até de infligir a si mesmo algum tipo de castigo (como uma autoflagelação por exemplo) apenas para tentar se esquivar de sofrer uma punição ainda mais severa por causa do erro que cometeu (punição que pode realmente, ou não, vir a acontecer), o arrependido verdadeiramente percebe e se sensibiliza das consequências ruins que seus atos causaram para outras pessoas (ou o mal que acredite haver causado a algum ser).

Essa sensibilização à dor alheia leva o arrependido a uma tristeza verdadeira pelo dano sofrido pelos que prejudicou. E, como consequência, sempre faz o arrependido tomar uma firme decisão de não mais cometer o mesmo erro, para não mais causar mal a outros. O arrependimento pode assim, também, ser considerado como a dor sentida por causa da dor causada.

Para exemplificar o remorso e o arrependimento em ação vamos usar dois personagens bíblicos: Judas, o que traiu Jesus, cometeu um grave erro, traiu o Senhor Jesus por 30 moedas de prata e o entregou aos soldados com um beijo. O texto diz o seguinte sobre Judas: “Então, Judas, o que o traiu, vendo que Jesus fora condenado, tocado de remorso, devolveu as trinta moedas de prata aos principais sacerdotes e aos anciãos, dizendo: Pequei, traindo sangue inocente. Eles, porém, responderam: Que nos importa? Isso é contigo. Então, Judas, atirando para o santuário as moedas de prata, retirou-se e foi enforcar-se” (Mateus 27.3-5). O texto é claro em mostrar que Judas parece ter sido surpreendido com o que ocorreu com Jesus. Talvez ele não esperasse que sua atitude levaria a situação tão longe. Diante desse fato o remorso tomou conta dele, mas não o arrependimento. Se o arrependimento estivesse na vida de Judas ele não teria se enforcado, antes, teria buscado ocasião de pedir perdão a Jesus de alguma forma.

O apóstolo Pedro também pisou na bola com Jesus. Diante das pessoas que o questionavam de conhecer a Jesus, Pedro O negou veementemente: “Então, começou ele a praguejar e a jurar: Não conheço esse homem! E imediatamente cantou o galo” (Mateus 26.74). Após ver o pecado que cometera, Pedro chorou amargamente (Mateus 26.75). O que nos mostra que Pedro se arrependeu, e não apenas sentiu remorso, são os frutos de arrependimento vistos na vida dele. Ele chorou pelo pecado que cometeu. Mas logo depois estava junto aos discípulos, buscando novamente a Jesus (João 20.1-10). E permaneceu firme na fé. Sabemos muitos outros detalhes que mostram que Pedro se reergueu e avançou sua vida perdoado por Deus e servindo a Ele.

O remorso até faz você ver o erro que cometeu, mas não faz diferença na sua vida. O arrependimento sim, produz uma transformação denominada de conversão (metanoia) mudando de forma radical o seu “centro de referencia” , antes direcionado ao Ego (egoísmo) e agora direcionado a Deus .

"Arrependam-se, e cada um de vocês seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos seus pecados, e receberão o dom do Espírito Santo”

Atos 2.38

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