Você sabe o que é ser nomofóbico? Talvez você já seja um!!!
Quando você perde ou esquece seu celular (smartphone), sente-se ansioso, desconfortável ou angustiado? Atrasa compromissos e diminui sua produtividade em momentos que requerem atenção, por causa dele? Caso sim, é bom saber que você é, ou pode estar se tornando um nomofófico. A palavra nomofobia vem do inglês no mobile phobia, ou seja, medo de ficar sem o celular.
Apesar de não ser considerada, ainda, uma doença, a nomofobia já é, na prática clínica e na literatura científica, tratada como uma forma de transtorno.
Este transtorno ativa o sistema de recompensa cerebral (SRC), proporcionando sensações de prazer e satisfação que acaba alimentando uma tolerância menor a qualquer tipo de frustração. E além do mais, foi comprovado que as pessoas estão substituindo um outro vício pelo vicio do celular, já que o mecanismo de recompensa cerebral é semelhante.
O vício do celular provoca interferência na socialização, no foco e na memória (a pessoa está em um lugar, mas ao mesmo tempo não está) além de ficar o tempo todo checando tudo e não consegue se concentrar no que está fazendo.
Entretanto, o principal problema identificado pelos psicólogos é o desenvolvimento da ansiedade, que entra em um círculo vicioso.
Verifique se você tem algum desses sintomas da nomofobia citados abaixo:
O celular torna-se o objeto mais importante, tanto em termos de comportamento como de pensamento
Não consegue ficar sem o celular por perto e se sente desanimado caso não esteja com o aparelho.
Atrasa compromissos e diminui a produtividade em momentos que requerem atenção.
Investe muito dinheiro para sempre ter um celular melhor e mais moderno.
Nos momentos de diversão ou concentração, fica o tempo inteiro pensando o que pode estar acontecendo em cada um dos aplicativos que usa.
Existe reabilitação para nomofobia?
Acreditem!!! Já existem varias clínicas especializadas no assunto no mundo e também iniciando no Brasil. Nos Estados Unidos, as clínicas internam os “dependentes de celular” por 45 dias em média de acordo com grau do “vício” devido a problemas no trabalho e nos estudos.
Os pacientes possuem hora certa para acordar, estudar, fazer refeições e participar de terapias coletivas e individuais. O objetivo é uma reaproximação do nomofófico ao mundo real (mundo off-line).
Algumas dicas podem prevenir esta dependência de celular
Monitore seu próprio tempo de uso.
Desligue as notificações do seu celular.
Deixe de usá-lo como despertador, para dormir longe dele.
Pratique atividades que dispensem o uso dele.
Desligue-o nos momentos de produtividade, como quando estiver trabalhando, estudando ou durante alguma reunião (esta é a dica mais importante).
Referência: Revista SER Médico edição 83 - 2018