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Seja um instrumento de Deus na sociedade


Há pessoas que escapam ao diálogo com os outros porque julgam que eles nada têm para oferecer-lhes, porque consideram que é perder tempo inutilmente, ou porque pensam que os outros não são dignos de seu tempo.

Entretanto, o diálogo se vincula intimamente com o respeito e o amor. Se valorizarmos os outros, pensaremos que são dignos de nosso tempo e de terem nossa atenção.

No entanto, se escapamos do diálogo, tornamo-nos ermitões (individuo que fica recolhido ao isolamento e longe das coisas mundanas) e nos escondemos em nosso pequeno mundo, em nosso trabalho, na televisão, na internet ou, quem sabe, na oração.

Apesar de sermos chamados a oração solitária como o próprio Jesus também fazia, não significa que devemos nos manter isolados pois Jesus demonstrou uma atitude proativa, indo em direção ao outro e aos necessitados. Portanto a nossa espiritualidade não é avaliada pelos momentos de solidão, quietude e calma com encontro sereno com Deus. A nossa espiritualidade cristã é medida pela nossa ação na história humana, não no céu. Mas algumas pessoas resistem e refugiam-se numa espécie de pequeno céu, quer seja sozinha ou em um pequeno grupo de pessoas “selecionadas” que pensam de forma semelhante como se estivessem em uma redoma ou dentro de uma “bolha” sentindo-se mais protegida contra “as coisas do mundo”.

Isso equivale a voltar ao útero materno e a renunciar a vida, ao crescimento, à felicidade verdadeira que Deus nos oferece.

Nós, filhos de Deus, somos chamados a um profundo amor aos outros, amor incondicional, fraternal, como Jesus nos ensinou e fazermos a diferença, provocando uma transformação social e contribuindo para a felicidade dos outros pois só assim seremos felizes e encontraremos nosso verdadeiro sentido da vida.

São Francisco de Assis, Madre Teresa de Calcutá, Martin Luther King, Mahatma Gandhi e muitos outros foram felizes e plenos procurando melhorar a sociedade terrena. Nenhum deles quis fugir para um pequeno paraíso de tranquilidade ou solidão, mas, ao contrário, entregaram-se como instrumento de Deus para fazer o bem a muitas pessoas, e mostrar que a verdadeira espiritualidade se traduz na prática do amor ao próximo, na caridade, enfim, sair de si mesmo.O amor fraternal se expressa em ações. Não basta dizer que amamos uns aos outros. Precisamos mostrar amor na prática, saindo em direção ao outro e sendo apresentadores da “boa nova” não somente com palavras, mas com a nossa vida.

Lembro que o apóstolo João em sua primeira carta apresenta vários sinais para identificar quem é realmente Cristão e um deles está neste versículo: “Se alguém afirmar: "Eu amo a Deus", mas odiar seu irmão, é mentiroso, pois quem não ama seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê (1João 4,20).

Referência: “Liberte-se do egoísmo e do isolamento” de Victor Manuel Fernandez

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