Como achar minha verdadeira identidade?
Afinal de contas, quem sou eu?
Pelo menos imagino que esta seja talvez a maior questão de nossa existência.
E por que a dificuldade em sabermos quem nós somos?
A dificuldade em sabermos quem nós somos é porque a nossa identidade ficou atrelada ao que fazemos.
Tempos atrás, a frase era “penso logo existo”. Hoje em dia, falamos assim: "se estou conectado, se sou visto e notado, se tenho uma profissão e um bom salário, então existo". Ao lado das inúmeras exigências e expectativas sociais, cresce a busca por afirmação. No entanto, quanto mais nos envolvemos com esta busca, mais ficamos ansiosos e inseguros. A necessidade de provarmos para a sociedade quem somos, nos torna autodestrutivos com relação a nossa verdadeira identidade.
Para sermos aceitos pelo mundo e entrarmos no “esquema” , vestimos as roupas que a moda exige, mudamos nossos hábitos (muitas vezes para vícios), e alteramos também nosso comportamento.
Com isso, a frustração e a sensação de vazio aumentam e, no mesmo ritmo, aumentam o consumo de antidepressivos, a procura de terapias de todos os tipos, o surgimento de “gurus” da autoajuda e a indústria do entretenimento. Tudo para preencher o vazio da alma humana.
Porém esta identidade que criamos é falsa e longe do projeto original para que fomos feitos. Quando procuramos caminhos, terapias para “autoconhecimento” o que vamos achar é um personagem não verdadeiro que nós mesmos criamos.
Então qual é nossa verdadeira identidade?
Para descobrir nossa verdadeira identidade, temos que saber que somos seres criados, não autogerados. Nossa verdadeira identidade nos foi dada na criação- “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança(Gn 1.26). Não podemos ser fabricantes de nossa realidade, nem da nossa identidade. Se desejamos ter nossa verdadeira identidade humana, temos que nos voltar para Cristo. Ele é o verdadeiro “ser humano”. A única pessoa verdadeiramente real. Ele deve ser o modelo, que devemos seguir. Por isso que a imitação de Cristo consiste em um tema central da espiritualidade cristã.
Ser discípulo de Cristo é um chamado para sermos transformados de indivíduos para pessoas. O individuo é o ser fechado em si mesmo, inseguro, que insiste em fabricar sua própria realidade. A pessoa é o ser liberto, e entregue ao outro.
Precisamos olhar para Cristo, verdadeiro homem, para conhecer o que significa ser verdadeiramente humano. Não existe autoconhecimento sem o conhecimento de Deus revelado em Cristo.
Referência: Identidade perdida. Ricardo Barbosa. Encontro publicações.