Aprendendo a viver
Estamos vivendo uma grande oportunidade mundial com relação ao coronavirus
Muitos dizem que o coronavirus é uma coisa do mal, construído pela tecnologia, uma coisa demoníaca ou talvez mais uma teoria da conspiração.
Mas eu sempre enxergo o dedo de Deus intervindo na humanidade.
Deus sempre interviu na história quando o ser humano estava necessitando de um corretivo, de uma mudança de rota.
Hoje vivemos uma humanidade distante de Deus, distante dos outros e distante de si mesma. Uma humanidade que por perder Deus perdeu seus valores e o sentido da vida. Hoje o suicídio é uma endemia , segundo a organização mundial da saúse (OMS) Cerca de 800 mil pessoas acabam com suas vidas todos os anos no mundo, o que equivale a uma morte a cada 40 segundos.
O ser humano tornou-se escravo de um sistema “maior” onde a velocidade o impede de contemplar a paisagem e a si mesmo, ou seja, é como alguém dirigindo um carro em alta velocidade e não pode olhar para o lado devido ao risco de uma colisão. É o homem que corre atrás do vento, atrás do nada, segundo o livro de Eclesiastes.
Hoje o egoísmo e a centralidade em si mesmo são a lei maior.
A verdadeira identidade se perdeu e foi substituída por bonecos criados para serem mostrados nas redes sociais e foi então desenhado um novo ser humano, um ser humano virtual sem carne e osso , que ocupa a maior parte do tempo e o espaço nessa sua nova identidade sem existência real em si.
O coronavirus está obrigando o ser humano não a uma quarentena mas sim em uma literal quaresma.
O homem virtual está sendo obrigado a conviver com os familiares, conviver consigo mesmo e se preocupar com os outros, ou seja, ser altruísta ao contrario de egoísta que vive para o próprio umbigo.
É o momento de ressignificar os verdadeiros valores.
O que é realmente essencial e o que é uma fábula que nós mesmos criamos para sermos aceitos por um mundo que predomina o utilitarismo e o descartável.
Tornamo-nos também descartáveis como qualquer material, afinal de contas , que diferença existe entre um homem sem Deus e um Robô? Se continuarmos assim obviamente seremos substituídos (evento já muito bem estudado e previsto pela inteligência artificial e denominado singularidade tecnológica)pois o Robô também não acredita em Deus e será muito mais exato que nós, pois além de um banco de dados muito maior que uma enciclopédia não está sujeito a depressão , murmuração e crise existencial.
É tempo de despertar, de sair da hipnose de uma vida vazia, muitas vezes precipitada em um abismo por falta de amor.
Com o coronavirus nós podemos até morrer, mas foi com coronavirus que o ser humano pós-moderno começou a aprender a viver.
Autor: Rubens C Siqueira